Curiosity pousa em Marte e inicia busca por vestígios de vida no planeta vermelho

Curiosity pousa em Marte e inicia busca por vida
Jipe-Robô Curiosity pousa com sucesso em Marte

Conforme o previsto, a sonda Robô Curiosity, pousou em solo marciano às 02h33 (horário de Brasília), desta segunda-feira (06/08), depois de percorrer 567 milhões de quilômetros, em oito meses e meio de viagem, segundo informou a Agência Especial Americana – NASA.

Pouso em Marte
Ainda de acordo com a agência, a nave que pesa quase uma tonelada, entrou na fina atmosfera de Marte a uma velocidade de 20 mil km/h, usando técnicas nunca antes aplicadas neste tipo de pouso, a cápsula que levava a sonda abriu um paraquedas de 16 metros de diâmetros freando a velocidade de descida. A cerca de vinte metros do solo, um sistema (chamado de guindaste), desceu a sonda robô Curiosity suavemente até suas seis rodas tocarem a superfície.
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A complexa manobra que durou aproximadamente sete minutos foi um sucesso, os técnicos do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA – JPL, responsáveis pelo projeto, comemoraram com abraços e aplausos quando o Curiosity confirmou seu pouso em solo marciano. O presidente americano, Barack Obama, disse que a chegada da mais moderna sonda já construída pela humanidade à Marte é um feito histórico e que esse é um triunfo da tecnologia sem precedentes.
Primeiras imagens de Marte feitas pelo Curiosity
O Jipe-Robô Curiosity pousa com sucesso em Marte
Esta é uma das primeiras imagens tiradas pelo Jipe-Robô Curiosity que pousou em Marte, na manhã de 06 de agosto de 2012. As câmeras estão direcionadas diretamente para o sol, então a parte superior da imagem está saturada. As linhas na parte superior são um artefato chamado "florescer", que ocorre no detector da câmara por causa da saturação. Conforme planejado, as imagens iniciais feitas pelo Curiosity são de baixa resolução, as imagens coloridas e maiores serão enviadas à Terra até o final desta semana, quando o módulo de alta resoluçaõ da câmera será ativado.Crédito da imagem: NASA / JPL-Caltech.

Satélite flagra pouso do Curiosity em Marte
O satélite da NASA Reconnaissance Orbiter, que orbita o planeta Marte, fez imagens do momento em que os paraquedas da cápsula que carregava o Curiosity eram abertos no momento do pouso. Crédito da imagem: NASA / JPL-Caltech.
Busca de vida em Marte
A sonda robô, também chamada de Jipe-Robô Curiosity (Curiosidade em português)  por causa de sua aparência, custou 2,5 bilhões de dólares (R$ 5 bilhões) pousou na cratera Gale, ao sul do equador de Marte. Imagens de satélite mostrou que nesta região existem rochas e minerais que só podem ser formados em água liquida, como sabemos, a água é essencial para que exista vida tal qual a conhecemos, desta forma, o Curiosity é dotado de um laboratório que irá fazer diversas análises em busca de vestígios de vida microbiana passada ou presente em Marte.

O que aconteceu com os oceanos e atmosfera de Marte
Lançado em 26 de novembro de 2011, o Curiosity agora está pronto para desvendar os mistérios do planeta vermelho, sua missão está prevista para durar dois anos. Existem muitas indagação a cerca de Marte. Os cientistas acreditam que a bilhões de anos atrás existiam vastos oceanos em Marte e provavelmente poderia haver alguma forma de vida. De repente, o campo magnético do planeta parou de funcionar e sem essa proteção, a atmosfera do planeta foi destruída pela radiação solar, por conseguinte, a água liquida evaporou. No entanto, ainda pode ser possível que exista água no subsolo de Marte.

Hoje, a atmosfera do planeta é composta em sua maioria de dióxido de carbono, nitrogênio e carbono, onde é possível encontrar uma pequena mistura de nitrogênio, oxigênio e outros gases. Alguns anos atrás, foi detectada uma grande quantidade de gás Metano (CH4)  sendo emanado solo marciano, causando um grande reboliço na comunidade cientifica, já que, na Terra, o gás é produzido por reações biológicas, como a decomposição de matéria orgânica por seres vivos por exemplo.

A descoberta poderia indicar que há vida em Marte, no entanto, outros pesquisadores teorizam que o metano em Marte pode ser produzido por processos geológicos e abióticos, como vulcões, por exemplo, até agora esta teoria não foi confirmada e é aí que entra o Curiosity, que terá a capacidade de nos dizer se o gás é o resultado de um processo biológico ou não.

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