Jipe-Robô Curiosity começa etapa principal de sua missão em Marte

Imagem ao sul de onde pousou a sonda Curiosity em Marte
Região ao sul de onde pousou o Curiosity. Foto: NASA
Após uma semana em solo marciano, o jipe-robô Curiosity iniciará a segunda e principal etapa da missão que procura vestígios de vida em Marte. A configuração do sistema que ainda está em modo voo será atualizado para o modo de exploração e pesquisa.

Com isso, o jipe-robô vai estar com todos os sistemas de navegação ativados, podendo se locomover pelo rochoso solo marciano e analisar rochas e outros materiais em seu laboratório de análises químicas.

O Jipe robô-robô foi enviado à cratera Gale, localizada ao sul do equador de Marte. Essa enorme depressão surgiu pelo impacto de um grande objeto, provavelmente um cometa ou meteoro. Sua idade é datada em aproximadamente 3,5 a 3,8 bilhões de anos, em seu centro, encontra-se o Monte Sharp, com 5,5 km de altura. É nesta região que os cientistas acreditam que já tenha existido um rio ou riacho devido a  existência de rochas que se formam somente na presença de água liquida e onde há ou houve água, existe grande possibilidade de ter havido vida microbiana.
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Imagem em alta definição (Em preto as partes da imagem que ainda não foram enviadas pelo Curiosity):
Fotos do solo de Marte
Solo de Marte com muitas pedras. Foto: Curiosity/NASA
Com 3 metros de comprimento e 2,1 metros de altura, o Curiosity pesa quase uma tonelada e pode se locomover cerca de 160 metros por dia, podendo transpor facilmente obstáculos com até 65 centímetros de altura. A agência Espacial dos Estados Unidos – NASA informou que o jipe-robô pousou a quase 2,5 km além do local previsto (mas ainda dentro da cratera Gale) e que a partir de agora, será dado início a segunda parte da missão que vai durar aproximadamente dois anos.
Foto mostra pedras queimadas pelos foguetes do Curiosity durante pouso em Marte
Pedras queimadas pelos foguetes do Curiosity durante o pouso. Foto: Curiosity/NASA
O Curiosity carrega o Laboratório Científico de Marte – MSL, com dez instrumentos altamente sofisticados e aptos a procurar, coletar e analisar elementos e compostos químicos e orgânicos no solo de Marte. O laboratório do Curiosity também é capaz de analisar  compostos de carbono, elemento essencial para a existência de vida como a conhecemos, recentemente foi descoberto que o carbono está presente no planeta vermelho, só resta comprovar se o gás é de origem biótica ou química.
Foto da cratera Gale em Marte
Cratera Gale em Marte. Foto: Curiosity/NASA.
Ao custo de R$ 5 bilhões e sendo muito mais avançado tecnologicamente do que seus antecessores enviados a Marte, Spirit e Opportunity, o Curiosiy fez uma viagem de 565 milhões de quilômetros entre a Terra e Marte em oito meses e meio de viagem e carrega a esperança que seja comprovada a existência de vida (mesmo que seja num passado remoto) em outro planeta, além da Terra.
Fotos do Curiosity mostram paredões da Cratera Gale, em Marte
Paredões em volta da Cratera Gale, em Marte. Foto: Curiosity/NASA

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