Residência e especialização em enfermagem ampliam oportunidades de trabalho

Busca por qualificação profissional pode contribuir para impulsionar carreira

Enfermagem
Foto: Feepik


Dar continuidade aos estudos após a conclusão da graduação é uma forma de um  profissional se qualificar para enfrentar os desafios e se destacar no mercado de trabalho, seja no âmbito acadêmico ou empresarial.

Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que trabalhadores pós-graduados recebem por volta de 66% a mais do que pessoas que possuem diploma de graduação. O estudo também mostra que, ao fazer uma especialização, há a possibilidade de o salário aumentar em torno de R$ 1.800, sendo que, para algumas carreiras, há chances deste valor ser triplicado.


Para os profissionais da enfermagem que acabaram de deixar os bancos da universidade, a busca pela qualificação profissional pode contribuir para impulsionar a carreira. Segundo o  Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), entre o período de 2013 a 2022, a quantidade de profissionais dessa área cresceu 66% no Brasil. 


Com a chegada de novos enfermeiros ao mercado de trabalho, pensar em alternativas para se destacar na profissão, como realizar uma especialização ou residência em enfermagem, é um caminho que abre mais possibilidades de sucesso na área. 

Tipos de especializações e residências

O hospital não é o único espaço para um enfermeiro atuar. Esse profissional pode trabalhar em unidades básicas de saúde, empresas, escolas, academias, laboratórios, clínicas, asilo e home care, além de ter a opção de seguir carreira acadêmica como professor ou pesquisador. 


Mesmo com bastante possibilidades de atuação, investir em uma residência ou especialização tende a abrir o leque de oportunidades para o profissional, pois ele ganha habilidades multidisciplinares técnicas e interpessoais. 


Atualmente, há diversas áreas para o enfermeiro se especializar, como Enfermagem do Trabalho, Pediátrica, em Cardiologia, Terapia Intensiva, Obstetrícia, Urgência e Emergência e com foco em Saúde Mental.


A residência em enfermagem também é um ótimo investimento para enriquecer o currículo. Neste tipo de especialização, assim como ocorre no curso de Medicina, o profissional escolhe a área que mais se identifica e desenvolve atividades que contribuirão para sua capacitação no dia a dia de trabalho. 


Dessa forma, alinhando prática e teoria, os residentes têm a oportunidade de ganhar mais experiência na rotina de um hospital ou centro de saúde. A duração do programa de residência em Enfermagem é de dois anos e o curso é remunerado, por isso, o ingresso costuma ser concorrido.


Segundo o site do Governo Federal, desde 2022, o valor pago aos residentes médicos e residentes em área profissional da saúde passou a ser de R$ 4.106,09. Porém, este valor pode variar conforme a instituição que oferta a residência.


Em outro ramo, existem instituições públicas e privadas que ofertam o mestrado em Enfermagem na área acadêmica ou profissional. O tempo médio desse tipo de curso é de 24 meses, mas também varia conforme a proposta de cada universidade. 


Quem optar pelo mestrado acadêmico terá oportunidade de lecionar e realizar pesquisas em sua área de atuação. Mas nada o impede de atuar em hospitais, clínicas e centros de saúde. Já o mestrado profissional é direcionado para o mercado de trabalho tradicional.

Piso salarial para enfermeiros


Neste ano, o Congresso Nacional aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece o piso salarial de enfermagem. Segundo o texto, o valor mínimo a ser pago aos enfermeiros é de R$ 4.750. Técnicos em Enfermagem deverão receber R$ 3.325 e auxiliares de Enfermagem e parteiras, R$ 2.375.


Segundo o Conselho Federal de Enfermagem, no Brasil, estão registrados mais de 2,8 milhões de profissionais da área. Desse número, constam 693,4 mil enfermeiros, 450 mil auxiliares de enfermagem, 1,66 milhão de técnicos de enfermagem e cerca de 60 mil parteiras.

Texto: Luiz Affonso Mehl

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