Inauguração dos hospitais de Campanha no DF é adiada, unidade do Gama deve funcionar a partir do dia 07 de maio

Hospital de Campanha do Gama. Foto: Redecol Brasil.

A inauguração dos três hospitais de campanha construídos no Distrito Federal para tratar pacientes com a Covid-19 foi novamente adiada pela Secretaria de Saúde do DF. Durante entrevista coletiva no dia 26 de abril, o secretário de saúde, Osnei Okumoto, afirmou que o hospital de campanha do Gama, erguido no estádio Bezerrão, já poderá receber pacientes em até dez dias, ou seja, a partir do dia 06 de maio. Atualização, o governador Ibaneis Rocha afirmou que o Hospital de Campanha do Gama será inaugurado no dia 07 de maio.

OKumoto não deu prazo para abertura das unidades erguidas na Escola Parque Anísio Teixeira, em Ceilândia, e nem no Autódromo Internacional Nelson Piquet, no Plano Piloto. "É um trabalho conjunto nos três hospitais de campanha, mas logicamente em um deles estará primeiramente em funcionamento, que será o hospital do Gama, que tem uma condição de atendimento muito bem estabelecida nesse momento", disse o secretário.

Polêmica

Os três hospitais de campanha custarão aos cofres públicos em torno de R$ 199 milhões, valor este que poderão ser maior dependendo do número de pacientes. Outra polêmica envolve o fato de que, diferentemente do que foi anunciado pela Secretaria de Saúde, os leitos erguidos nos hospitais de campanha não são UTI, mas sim, Unidades de Cuidados Intermediários (UCI), sem estrutura para realização de cirurgias. Nesse sentido, o Chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, afirmou que houve  "falha de comunicação" do governo do Distrito Federal ao anunciar que os 300 leitos a serem inaugurados nos hospitais de campanha são de UTI.

De acordo com a Portaria nº 471/2021 e a Portaria 1.514 de junho de 2020, do Ministério da Saúde, leitos de UCI com os suportes especificados podem ser mobilizados no tratamento de pacientes com Covid-19 em: hospitais gerais ou especializados, unidades de saúde mistas cadastradas – ou não – como hospitais, hospitais de pequeno porte e hospitais de campanha | Foto: Geovana Albuquerque / Agência Saúde

Enfim, os pacientes graves acometidos pelo novo Coronavírus e que estão na fila de espera por uma UTI, podem não ser transferidos para um dos hospitais de campanha. "A Secretaria de Saúde vai analisar caso a caso, para com base no nível e na gravidade dos sintomas dos pacientes que estão na lista, decidir quais ficarão e quais irão para o hospital de campanha", disse o secretário.