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Simulador auto escola. Foto divulgação. |
A obrigatoriedade, a partir de
2013, do uso de simulador nos centros de formação de condutores (CFCs),
conhecidos como autoescolas, poderá fazer com que o preço do curso de
habilitação aumente. A afirmação é do presidente da Federação Nacional das
Autoescolas e Centro de Formação de Condutores (Feneauto), Magnelson Carlos de
Souza.
“Sem dúvida nenhuma, o valor é
algo que acaba interferindo de maneira negativa. Se for obrigatório, nós vamos
ter que repassar isso para o usuário, não tem como você absorver esse
investimento”, disse à Agência Brasil no Salão Internacional do
Automóvel, onde está exposto o simulador.
De acordo com o Ministério das
Cidades, o simulador de direção veicular deverá ser obrigatório em todas as
autoescolas do país em 2013 – ainda não há a definição de uma data exata. O
equipamento, desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina, deverá
custar o valor de um carro popular.
O simulador será usado por
cinco aulas após o aluno ter feito o curso teórico, antes de iniciar a prática
nas ruas. “Nós achamos que ainda é um pouco prematuro fazer uma avaliação se
efetivamente o simulador pode aprimorar o processo de formação de condutores.
Nos parece, a princípio, que sim, que pode aprimorar”, disse Souza.
O ministro das Cidades,
Aguinaldo Velloso Borges Ribeiro, defendeu a implementação do simulador.
Segundo ele, a preocupação maior do governo é com a segurança no trânsito e dos
alunos. “É uma adequação, assim como em diversas áreas, em diversos transportes
já existem adoção do simulador, antes que se faça a prática no próprio veículo.
A partir daí, você garante ao condutor,
ou ao futuro condutor, que ele tenha segurança antes de ir para as ruas”,
disse.
A questão do custo do
equipamento, segundo o ministro, ainda está sendo discutida e não deverá afetar
significativamente o preço dos cursos oferecidos aos futuros condutores. “A
própria autoescola tem condição de adquirir um carro popular como instrumento
de formação e o [custo do] simulador significa um veículo popular, portanto,
não alterará ou não justificará um aumento expressivo ou não justificará um
aumento na prestação dos alunos por conta do simulador”, disse Ribeiro. O
ministro ressaltou que a grande demanda das autoescolas pelo novo equipamento
induzirá a uma diminuição no preço do simulador.
Para a coordenadora-geral de
Qualificação do Fator Humano no Trânsito do Departamento Nacional de Trânsito
(Denatran), Maria Cristina Hoffmann, a implementação do simulador faz parte de
uma série de ações do governo para alcançar a meta estipulada, em uma resolução
da Organização das Nações Unidas (ONU), de reduzir em 50% mortos e feridos em
acidente de trânsito.
“A resolução foi assinada por
178 países, inclusive o Brasil. Em diversos países o simulador já é usado. É
melhor corrigir no simulador do que depois na rua”, disse.
Com informações da Agência
Brasil para o site Redecol Brasil