Vias do Distrito Federal entrarão em colapso em 2020

Congestionamento em Brasília - DF
Via EPTG congestionada - Imagem: TV Globo DF
Segundo estudo realizado junto ao PDTU – Plano Diretor de Transporte e Mobilidade  do DF e Entorno, em oito anos as vias que cortam o Distrito Federal entrarão em colapso devido ao excesso de veículos. Em 2010 o volume de veículos atingiu 80% da capacidade de algumas das principais vias de Brasília.

Em dez anos, a frota do Distrito Federal cresceu cinco vezes mais que a população, já são mais de 1,3 milhão de veículos, média de um carro para cada dois habitantes de Brasília. Segundo o Detran-DF, em 2011, foram emplacados 136.613 veículos na capital federal e tomando-se por base a precariedade do transporte público, esses números só tendem a aumentar nos próximos anos.

Hoje, andar de carro em Brasília virou um teste de paciência, principalmente nos horários das 07h às 09h e de 17h às 20h, são pelo menos 14 pontos críticos de retenção diários, que ocorrem simplesmente pelo excesso de veículos na pista, mesmo não havendo obras na via, não estando chovendo ou quando não há acidentes, o trânsito geralmente não flui. Se por acaso um destes fatores (obras, acidentes ou chuva) ocorre, os motoristas podem se preparar para enfrentar longos congestionamentos.

Caso não seja feito investimentos na melhoria do transporte público no Distrito Federal, em 2020, vias como a Estrutural, EPTG, EPNB e EPIA/BR 040 vão entrar em colapso, pois, haverá mais veículos que a capacidade das vias. Artur Morais, pesquisador em transporte público da Universidade Brasília, disse que, enquanto os investimentos forem feitos somente nos carros como forma de fazer a mobilidade urbana, as vias de Brasília poderão entrar em colapso até antes de 2020.

Portanto, é preciso que o poder público invista num transporte público eficiente, que seduza as pessoas a deixarem seus carros em casa e irem de ônibus/metrô e mesmo bicicleta para o trabalho ou escola, hoje, o que vemos são ônibus lotados, em péssimo estado de conservação, tarifas caras e elevado intervalo entre as viagens.

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