Duas mortes já foram confirmadas no naufrágio de um barco no Lago Paranoá em Brasília

Os bombeiros do Distrito Federal retiraram, no final da manhã de hoje (23), o corpo de uma mulher do Lago Paranoá. Ela é a segunda pessoa que morreu em decorrência do naufrágio envolvendo o barco Imagination, que virou ontem (22) por volta das 20h, na área próxima à Ponte JK, um dos principais cartões-postais de Brasília. Pela manhã, a embarcação foi localizada a 17 metros de profundidade no lago. As buscas continuam na tentativa de encontrar de sete ou oito pessoas.
Paralelamente, a Marinha coordena as investigações sobre as causas do acidente. Para o Corpo de Bombeiros, há suspeitas de superlotação da embarcação e ausência de coletes salva-vidas. O major Adriano Azevedo, do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, disse que o colete deve ser usado em momentos de apreensão. “Ao primeiro sinal [de problemas], os coletes salva-vidas deveriam ter sido entregues a todos que estavam na embarcação”, disse.

Ontem (22) à noite, um bebê de 6 meses foi retirado com vida do lago, mas não conseguiu resistir e morreu. Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal (IML) do Distrito Federal. Os bombeiros recomeçaram hoje, por volta das 6h, o trabalho de buscas pelas vítimas. Ontem as atividades duraram das 20h40 às 2h40.

No total, 94 pessoas foram resgatadas. Não foi divulgada a lista com os nomes dos passageiros e tripulantes. No grupo havia uma menina, de 10 anos, que está entre os desaparecidos. De acordo com a major Vanessa Signale, do Corpo de Bombeiro do Distrito Federal, as famílias dos desaparecidos devem se encaminhar ao IML para obter informações.
Apesar das dificuldades nas buscas, a major do Corpo de Bombeiros mantém a expectativa de que é possível localizar os desaparecidos com vida. “As chances de sobrevivência são remotas, mas ainda não foram descartadas,” afirmou.

Os bombeiros afirmam que, a partir de um metro de profundidade, a visibilidade da água do Lago Paranoá fica prejudicada. Segundo os militares, a água é escura, dificultando mais ainda as ações. “A água é turva e barrenta. A temperatura fria, como está em Brasília, não influencia nas buscas”, disse a major Vanessa Signale.

Colaborou Renata Giraldi, Edição: Juliana Andrade/Agência Brasil

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